E por que razão o analista não abre os olhos daquele homão para mostrar que a vida está passando e ele continua atormentado, pensando no que acha que a mãe fez quando estava com1,2,3 anos e ela agia com mais indiferença a ele que a um cachorro vira-lata.
Ah, Freud, não dava pra ser mais simplesinho? Mostrar que tudo faz parte, que a vida deve ser aproveitada a cada segundo e a busca da felicidade é bem mais importante do que ficar chafurdando no passado por causa daquele dia em que sua mãe olhou atravessado pra você? E daí se olhou? Quem não olha às vezes?
Ah, quanto tempo perdido. Quantos momentos teriam sido tão ricos se mãe e filho pudessem falar francamente um para o outro: ¨Ah, naquele dia quase te matei de tanta raiva.¨ E aí dar uma boa risada lembrando. Ou vai dizer que isso nunca aconteceu de mãe para filho e de filho pra mãe? E todos os outros momentos em que a mãe amou - e ama- esse filho loucamente, mais que qualquer coisa na vida, mas ele cresceu e nunca mais isso foi dito, porque não é da nossa educação e da nossa cultura fazer declaração de amor a filho grande? Até porque ele é o primeiro a não querer ouvir depois que cresce. Que mundo mais louco...
anasetti.worldpress.com
Ah, se a gente pudesse botar os filhos grandes no colo quando desconfia que estão tristes e abraçar, apertar, cobrir de beijos, como quando eram pequenos e tudo acabava em gargalhadas, deles e nossas. Mas agora que são enormes, adultos, Freud não aconselha mais. Agora, os problemas
devem ser resolvidos com o diálogo- o que acaba não resolvendo nada.
Ah, se eles soubessem; ah, se a gente conseguisse dizer. Se isso acontecesse, dava para ir no Aurélio e apagar, para sempre, a palavra REJEIÇÃO. Do dicionário só, não. Da nossa mente e, sobretudo, do nosso coração.
Danuza Leão Revista Cláudia- fevereiro de 2013
Danuza Leão Revista Cláudia- fevereiro de 2013
2 comentários:
ADOREI!
É isto mesmo!
O negócio não é apagar a PALAVRA, mas todo o MAL- ESTAR que ela traz e deixa por dentro marcado como se fosse criptografia.... e toda vez q qualquer situação parecida acontece PRONTO! Toca novamente na tal da Criptografia, q dá o ar da sua graça, e se faz sentir novamente à flor da pele.....
E a dor entorna de dentro para fora, algumas vezes pelo corpo todo...
Berenice Ribeiro/RJ
Berenice
E não é maravilhoso saber que já temos acesso a ferramentas que nos possibilitam curar essas feridas?
O amor por nós próprios é uma delas. A Visualização Criativa é outra.
Diariamente publico textos de autores que apontam sempre meios de, pouco a pouco, diariamente, fazermos o caminho que nos levará da rejeição à auto estima.
Você tem acompanhado esses textos? Eles tem me dado muita inspiração. Espero que inspirem também a todos que lerem.
Abraços.
Alzira M.
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