Se você sofre uma grande perda - seja de um bem material, a morte de uma pessoa querida, a perda da reputação, do emprego, de uma parte do corpo -, alguma coisa dentro de você morre. Você se sente diminuído na ideia que fazia de si mesmo. Pode também ocorrer uma certa desorientação. "Sem esse cargo na empresa, quem sou eu?"
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Perder algo concreto que você inconscientemente identificou como seu pode ser uma experiência muito dolorosa. É como se ficasse um buraco na sua existência.
Quando isso ocorrer, não negue nem ignore a dor e a tristeza que sente. Aceite-as. Cuidado, porque a mente tem uma tendência de construir uma história em torno da perda - uma história em que você desempenha o papel de vítima. Medo, raiva, ressentimento e pena de si mesmo são as emoções que acompanham o papel de vítima.
Preste também atenção ao que está por trás dessas emoções, assim como da história que sua mente criou: aquela sensação de buraco, aquele espaço vazio. Você é capaz de suportar e aceitar essa estranha sensação de vazio? Se é capaz de encarar o vazio de frente, talvez descubra que ele deixa de ser assustador. E pode se surpreender ao descobrir que há paz emanando de lá.
Sempre que alguém morre, sempre que uma forma de vida se extingue, Deus - aquele que não tem forma nem se manifesta - brilha no espaço deixado pela forma que acabou. É por isso que a morte é o que a vida tem de mais sagrado.
É por isso também que a paz de Deus pode chegar a você através da contemplação e da aceitação da morte.
ECKHART TOLLE
(Enviado por Diógenes Camargo)
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