"Um homem, procurou um sábio e disse-lhe:
- Preciso contar-lhe algo sobre alguém! Você não imagina o que me contaram a respeito de...
Nem chegou a terminar a frase, quando o sábio ergueu os olhos do livro que lia e perguntou:
- Espere um pouco. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras?
- Sim. A primeira é a da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro? - Não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram! - Então suas palavras já vazaram a primeira peneira.
-Vamos então para a segunda peneira: a bondade. O que vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito? - Não! Absolutamente, não! - Então suas palavras vazaram, também, a segunda peneira.
-Vamos agora para a terceira peneira: a necessidade. Você acha mesmo necessário contar-me esse fato, ou mesmo passá-lo adiante? Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? Melhora alguma coisa?
- Não... Passando pelo crivo das três peneiras, compreendi que nada me resta do que iria contar.
E o sábio sorrindo concluiu: - Se passar pelas três peneiras, conte! Tanto eu, quanto você e os outros iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos. Devemos ser sempre a estação terminal de qualquer comentário infeliz! Da próxima vez que ouvir algo, antes de ceder ao impulso de passá-lo adiante, submeta-o ao crivo das três peneiras porque: Pessoas sábias falam sobre idéias; Pessoas comuns falam sobre coisas; Pessoas medíocres falam sobre pessoas.
(Sócrates)
(Enviado por Heloiza-Itaperuna)
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