segunda-feira, 6 de maio de 2013

DESPERTANDO JUNTOS



Quando duas pessoas travam um relacionamento espiritual, elas concordam em ajudar uma à outra a se conscientizar dos seus padrões de deslealdade consigo mesmo. A intenção delas não é aumentar os seus sentimentos negativos, mas oferecer segurança suficiente no relacionamento para que os sentimentos negativos possam vir à tona e os padrões de deslealdade consigo mesmo possam ser revelados.
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O companheirismo espiritual não significa apenas compartilhar o mesmo propósito e a mesma orientação na vida, mas é também um compromisso mútuo e corajoso de assumir a responsabilidade e eliminar a culpa. Toda pessoa está aqui para ajudar o parceiro a parar de projetar, a parar de fazer o papel de vitima, a parar de encontrar problemas fora de si mesmo. Ela não faz isso passando sermões, mas criando um espaço seguro e cheio de compaixão no qual o parceiro possa ficar frente a frente consigo mesmo.

Se ele vê em outra pessoa um inimigo, ela não pode ser conivente. Ela se recusa a jogar o jogo do bode expiatório, da culpa e do ataque. Mas ela pode amá-lo. Pode aceitar o modo como ele se sente. Pode reconhecer os sentimentos dele e incentivá-lo a encontrar o caminho para a paz dentro do próprio coração.

Embora ela veja o parceiro fazendo projeções, ela não tenta consertá-lo, pois isso significaria compartilhar da mesma mentira. Ela simplesmente ficaria consciente de quem ele realmente é. E desse modo ela o chamaria de modo
gentil e não verbal, de volta para si.
                             
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Acima de tudo, ela simplesmente ouve. Não concorda com o que o parceiro tem a dizer nem discorda dele. Ela sabe que a opinião dela nada significa e, se significasse, o afastaria do seu processo. Ela simplesmente ouve profundamente e com compaixão. Ela ouve sem julgar ou, se julgar, toma consciência do seu próprio julgamento e volta a ouvir. Ela ouve com o coração aberto e com a mente aberta. E esse ato de ouvir torna-se uma bússola que leva a verdade. Quanto mais ela o ouve sem julgá-lo, menos ele acusa. Aos poucos, ele volta para si mesmo por meio do amor que recebe dela.

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Essa é a dádiva que o parceiro espiritual oferece ao outro. Essa é a pérola valiosa. Quando um consegue dar ao outro a dádiva da aceitação e do amor incondicionais, ampliando essa dádiva para incluir a todos, deixa de haver projeção, deixa de haver condenação, deixa de haver ataque. Deixa de existir objetos. Não existem mais vitimas nem algozes.

Haverá parceiros em pé de igualdade na dança da vida. Haverá corações se abrindo. Um pouco a princípio, mas num tal número depois que eles ameaçam abarcar todo o universo manifesto. E, na verdade, um dia eles de fato o abarcarão.
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Quando tudo o que é visto como algo sem valor e prejudicial passar a ser benéfico e sagrado, não haverá mais a impressão de que se está separado da fonte de amor. Cada um de nós será um raio de luz radiante emitido, por toda a eternidade, do centro do coração. Um raio que dissipa a separação e o pecado, batizando a culpa nas águas do próprio medo e saudando-os com buquês de flores à medida que emergem das águas, inocentes
e livres.
               
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Essas são dádivas que temos de oferecer uns aos outros quando a ilusão do abuso tiver acabado. E o abuso acaba no momento em que nos lembrarmos de quem somos e quem nosso irmão ou irmã realmente é.
                                                                                                                 PAUL FERRINI

(Enviado por Diógenes Camargo)










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PPS From: Marilanda

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