Este é um dos traços que identificamos no Mestre Jesus. A sutileza ao dizer as coisas. Exigindo, consequentemente, que os que o ouvem, tenham a capacidade de entendimento.
Em síntese: “ouvidos de ouvir”. Exatamente por este detalhe é que as palavras de Jesus continuam a ser estudadas e descobertos novos e mais profundos significados.
Na medida em que crescemos em entendimento, conseguimos melhor absorver o ensino da letra.
Jesus é conciso na fala, profundo no ensinamento. Leciona a solidariedade, a fraternidade, em uma frase: “Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim, os que estão enfermos”.
Afirmava assim a necessidade de nos despirmos de qualquer preconceito e ir ao encontro de quem está necessitado.
E a necessidade pode ser de pão, de água, de abrigo ou de vestimenta. Também pode ser de acolhimento, de afeto, de atenção.
Testificando de Sua grandeza, utiliza de poucas mas significativas palavras. Em um sábado, em que passava pelas searas, os Seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com as mãos, as comiam.
Vendo isso, alguns fariseus altearam a voz, indagando a Jesus por que eles assim procediam em dia não permitido, ou seja, no sábado.
O sábado era o Dia do Senhor. Santificado. Conhecedor das escrituras, Jesus recorda o rei Davi que, não tendo outro alimento, se serviu dos pães sagrados do templo, dos quais somente os sacerdotes se podiam alimentar.
Fala da fome de Davi e dos que estavam com ele. E de como assim se saciaram.
Por fim, diz: “O filho do homem é senhor até do sábado”. Afirmava, dessa forma, que era o Senhor do Mundo.
Mundo que Ele idealizara e preparara, conforme orientação Divina, para que todo o Seu rebanho, a Humanidade, pudesse se abrigar.
Governador planetário. Senhor até do sábado. Senhor do Mundo. Em outra oportunidade, numa frase curta, se identificou como o Messias, o Ungido, o Esperado, que vinha salvar o mundo.
Salvar o mundo da sua ignorância, explicando as leis Divinas, naturais e precisas.
Salvar o mundo da maldade, afirmando que todos deviam se amar como irmãos, porque filhos do mesmo Pai.
Amar como Ele mesmo a todos ama. “Sou eu”, responde Ele à samaritana que diz aguardar a vinda do Messias. “Eu, que falo contigo”.
Mestre das sutilezas. Mestre sempre. “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e encontrareis repouso para vossas almas”.
Aprender com Ele, modelo e guia.
Quantos caminhos temos ainda a percorrer até que este convite nos penetre e entendamos que, abandonando o mal, teremos descanso para nossas almas exaustas de violência, de corrupção, de desvios?
Manso é quem tem o controle e domínio sobre seu temperamento e atitudes, quem tem domínio próprio.
Humilde é quem reconhece a própria pequenez e se dispõe a estudar, a aprender, a crescer.
Mestre das sutilezas. Sigamo-lO. Atendamos ao Seu convite.
(Redação do programa da FEP: “Momento Espírita”, com base no cap. 6, versículos 1 a 5, do Evangelho de Lucas e no cap. 4, versículos 25 e 26 do Evangelho de João.)
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