Uma forma de encobrirmos os nossos medos são os vícios. Os vícios suprimem as emoções, deixamos de senti-las.
No entanto, há toda a espécie de vícios, além das drogas. Existe
aquilo a que eu chamo os vícios padrão: padrões a que recorremos para
evitar viver a nossa vida no presente.
Se não quisermos lidar com a situação que se apresenta a nós, se não
quisermos estar onde estamos, arranjamos um padrão que nos isola dessa
realidade. Para alguns é o vício da gula, para outros são as drogas.
Pode ser que a pré-disposição para o alcoolismo seja genética, mas a
opção de alimentar essa doença é sempre uma escolha individual.
Frequentemente fala-se de problemas hereditários. Na verdade o que se
passa é que a criança aceita o modo dos pais de enfrentarem o medo.
Outros sofrem de vícios emocionais. Uma pessoa pode ser viciada em
encontrar defeitos nos outros. Aconteça o que acontecer, há de haver
sempre alguém sobre quem jogar a culpa. "A culpa é deles, fizeram-me
isto."
Pode haver quem tenha o vício de acumular contas. Há pessoas viciadas
em dívidas: fazem tudo o que for preciso para estar endividados até os
cabelos. E isto, normalmente, não tem nada a ver com o fato de se ter
muito ou pouco dinheiro.
Também podemos ser viciados na rejeição. Onde quer que se vá,
atraímos as pessoas que nos rejeitam. Temos um jeitinho especial para
encontrá-las. Todavia, a rejeição vinda do exterior é um reflexo da
nossa própria rejeição. Se não nos rejeitarmos, ninguém o fará, e se
alguém o fizer, também pouco importa. Faça a si próprio a pergunta: "O
que é que eu não aceito em mim?"
Há muitas pessoas viciadas na doença. Estão sempre com qualquer coisa
ou então estão muito preocupadas com a próxima. Parecem membros do
"Clube da Doença do Mês."
Se a questão é sermos viciados, porque não nos viciarmos no amor por
nós próprios? Podemos cultivar o vício de fazer afirmações positivas ou
de fazer coisas que contribuam para o nosso bem!
Louise Hay
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