Para substituir gradualmente memórias implícitas negativas por positivas, é preciso destacar e intensificar os aspectos positivos da experiência trazendo-os para primeiro plano na consciencia, e deixar os negativos em segundo plano. Imaginemos que o conteúdo positivo da consciencia esteja penetrando em feridas antigas, acalmando regiões irritadas e machucadas como um bálsamo calmante, preenchendo espaços e lentamente substituindo crenças e sentimentos ruins por bons.
As coisas ruins com as quais lidamos podem vir da fase adulta, até mesmo de experiencias atuais. No entanto é sempre importante tratar as memórias implícitas e explícitas da infancia, uma vez que estão na origem de tudo que costuma aborrecer as pessoas.
Às vezes elas se criticam por ainda serem afetadas por acontecimentos passados. Mas lembre-se: o cérebro é projetado para mudar por meio de experiencias, especialmente as negativas; aprendemos com o que vivemos, sobretudo com o que se passou na infancia, e é natural que esse aprendizado fique conosco.
Quando eu era garoto, costumava arancar dentes de leão do jardim de casa, só que, se não os arrancasse pela raiz, eles voltavam a crescer. O mesmo
ocorre com aquilo que nos perturba. É preciso mergulhar nas camadas mais antigas, vulneráveis e carregadas de emoção de sua mente e procurar a raiz daquilo que incomoda.
Com um pouco de prática e auto compreensão, é possível desenvolver uma pequena lista de suspeitos- fontes profundas de aborrecimentos recorrentes e refletir sempre sobre elas em momentos de irritação, ansiedade, mágoa ou incapacidade. Pode ser que essas fontes profundas incluam a sensação de rejeição por não ter tido amigos na escola, de impotencia por alguma doença cronica ou de desconfiança após um divórcio difícil. Ao achar a ponta da raiz, deve-se incorporar as coisas boas que, aos poucos, expulsam a força opressora.
Assim passa-se a arrancar ervas daninhas do jardim da mente e a plantar flores em seu lugar.
novgorod797.blogspot.com
(Rick Hanson e Richard Mendius)
Nenhum comentário:
Postar um comentário