quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019
AVENTURAS EM ESTOCOLMO SEM METRÔ FOTOS LISTA GRATIDÃO
Estocolmo,7/02/2019
Hoje levantei e adiantei o que precisava, me arrumei e fui pra estação do metrô da linha verde aqui perto de casa, Thorildsplan.
Cheguei até a estação e vi poucas pessoas voltando e ainda conversando com uma pessoa que estava lá para informar .
Continuei e vi que havia fitas plásticas barrando a passagem pelas catracas eletrônicas. Entendi e perguntei onde pegar ônibus. Não havia ainda o ônibus especial e resolvi andar pra Fridhemsplan.
Vi que muita gente tinha resolvido o mesmo e o movimento estava bem maior que normalmente e já era fora do horário de ida pro serviço.
Andando tirei algumas fotos.
Notei que as pessoas estavam em grupo, conversando e rindo. Nas estações em que estive e no ônibus pra Brommaplan(entrei e saí) tudo estava tranquilo. Acho que estavam repetindo o mesmo mantra que eu postei num post anterior: "A paz de Cristo transborda sobre mim e tudo está bem." (C. Ponder)
Alguém deixou o veículo parado por algum motivo.
Nas duas fotos acima, caminhando da estação para Fridhemsplan. Lá há mais ônibus e imaginei que de lá conseguiria mais facilmente chegar ao lugar onde ia.
Felizmente descobri porque meu celular só funcionava em casa esses dias e arrumei. Assim pude falar com a pessoa que encontraria para avisar sobre metrô.
Sentei no café Fabrique para esperar a solução/ônibus pra ir. Ela procurou. Eu disse a ela que a linha azul não estava funcionando. E de ônibus para Brommaplan ia ser demorado pra ir e voltar.
Desistimos e fui fazer o que eu precisava.
Nessa foto, ônibus que levava até Brommaplan em substituição à linha verde do metrô. Sem parada, direto.
Uma amiga estava em Brommaplan querendo ir para trabalho e havia filas.
Meu telefone ficou sem bateria e não pude mais tirar fotos, mas a aventura continuou.
Depois que vi que não dava pra ir(pensando que a azul não funcionava...), pensei em fazer o que precisava.
Comecei por caminhar da estação para a Hantverkgatan, onde fica a Stadsmission . Minha irmã Lucy me pediu para ver se eles tem copos azuis bonitos.Estava fechada e resolvi caminhar pela rua para esperar.
Vi então pessoas avisando umas às outras que havia risco de cair gelo na cabeça se se andasse na calçada em certos trechos. Algumas pessoas e eu junto, andamos pela rua rente à calçada porque na rua não havia gelo.
Adolescentes passavam deslizando de tênis quase indo...e eu falando oooopa! Pessoas esperavam a outra passar pelos lugares mais difíceis pra depois elas passarem. E agradeciam e sorriam.
Pessoas andavam pela pista dos ciclistas e só agora "notei" que não havia ninguém passando de bicicleta hoje pela manhã!
Foto acima: enviada pela minha afilhada Aline, itaperunense morando em SP
Verdade. Oração sempre ajuda!
Voltando dessa rua, passei pela loja, gostei de muita coisa e não havia copos azuis. Comprei colheres para dar um presente.
Saí e voltei para perto do metrô para ir ao supermercado. Vi então várias pessoas de lojas e trabalhadores da cidade tirando o gelo das calçadas com pás: quebrando e tirando os pedaços. Eles sabem que o risco de escorregar e cair é grande e os hospitais estão cheios desses acidentados.
Gratidão!
O supermercado é numa galeria onde está também a H&M e fui lá comprar um brinco que Isabela, minha afilhada, havia me pedido faz um tempo e não havia aqui. Agora há, mas não é só dourado; tem strass. Como aqui posso devolver e pegar o dinheiro de volta, comprei e mando foto. Se ela não quiser, devolvo.
Será que dá pra usar assim?
Foi feito para ser usado assim.
Por fim, fui ao supermercado, comprei o que precisava, inclusive uma garrafa pequena de suco de gengibre/maçã/cenoura pra eu beber lá.
Saí e passei pela entrada do metrô: a azul estava funcionando!!!!!!!!! Saí da galeria e andei pela rua até o ponto do 50 que me trouxe em frente da minha rua. Gratidão.
Esse post é minha lista de gratidão de hoje: à cidade, ao povo,às pessoas que encontrei hoje, às que não consegui encontrar hoje,às que me sorriram, às que andaram na rua comigo, aos adolescentes que "patinaram" no gelo da calçada,aos funcionários do metrô e dos ônibus que repetiram trocentas vezes a mesma informação a diferentes pessoas que não sabiam como chegar ao trabalho ou ir encontrar quem queriam; às pessoas que, mesmo na incerteza e com a rotina completamente modificada, estavam ali na rua andando calmamente e, até onde vi, gentis e prestativas.
Amei andar pelas ruas na atmosfera de "não tem metrô e nós vamos aproveitar para andar e descobrir onde está o ônibus que nos será oferecido como opção."
Amei a aventura ! Na verdade é um aprendizado que todos nós precisamos fazer:
Viver na incerteza e se sentir seguro!
Ou como dizia Wayne Dyer "Crer para Ver!" (Esse é inclusive o título do livro dele sobre esse assunto.)
Desejo a todos vocês coragem e alegria para a incrível aventura diária que é viver.
Abraço caloroso,
Alzira Maria
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