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Estocolmo, 30/11/2013
Caríssimos, caríssimas
Incrível! O ano acabou! Lá vem despontando 2014. Vai ser maravilhoso.
O assunto hoje é ser paciente comigo mesma.
Depois que voltei do Brasil no começo de novembro o Universo me trouxe uma quantidade imensa de oportunidades pra eu aprender a ser paciente comigo mesma.(Aliás, estou me lembrando do curso ¨A coragem de ser imperfeito¨ que vou dar em 2014. Seriam essas oportunidades um treino para o curso? Tomara.)
Eu conto.
Fiz uma operação nos olhos em Niterói e nela algo aconteceu diferente e está demorando bem a voltar ao normal. Desde 26/10 estou sem usar óculos e agora uso óculos escuros mesmo à noite pra sair porque os olhos não estão bonitos de se ver.
Num dos dias em que saí aqui em Estocolmo, fui ao centro, eu fui e voltei de ônibus, o 4 que passa na ida e volta em frente a minha casa.
Na volta peguei feliz da vida o ônibus e fui pensando na vida enquanto olhava pra fora apreciando a paisagem sem preocupação de conferir onde estávamos. De repente o ônibus parou, o motorista olhou pra trás e me disse algo. Só então vi que o ônibus estava vazio e só eu estava lá.
Fui lá na frente e perguntei ao motorista se viria outro número 4 pra ir até o ponto final dele. Ele me olhou e me disse: ¨Minha senhora, esse é o número 3!¨ Os dois são azuis e no centro param no mesmo ponto! Eu não tinha a menor ideia de onde estava e resolvi não voltar com o ônibus e sim andar de volta. Lá fui eu usando minha intuição até chegar à área que eu conhecia.
Ok. Outra história. Organizamos um bazar beneficente. Eu era responsável por conseguir dinheiro trocado pro caixa.
Eu sabia que na agência do meu banco na minha rua eles não tem cash. resolvi ir ao de Fridhemsplan, onde abri a conta. Lá expliquei o que queria e ela me disse ¨Aqui não temos cash¨. Não acreditei! Perguntei onde havia cash ela falou que só em uma agência em toda a cidade. Aí fiquei ainda mais admirada e pedi o endereço. Ela disse rua, procurou o número e não havia. UAU!
Me disse então que era perto de Sergels Torg(praça de Estocolmo que todo mundo conhece!)e eu perguntei onde era.(Esqueci completamente). Ela resolveu apelar pra referência mais fácil e disse ¨Perto da Ene Cô¨. E eu: ¨O que é isso?¨
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Aí ela apelou e escreveu numa folha de papel: NK. E eu: ¨Ah, claro! NK!(É uma loja de departamentos bem grande e onde a rainha da Suécia compra). Sei onde é. E a sveavagen(rua) vai até lá? Nossa, essa rua é longa, hem!¨
Agradeci e fui embora. Peguei o metrô, desci lá perto já pensando onde almoçar, pra ficar confortável comigo e chegar bem ao banco.
Almocei num italiano, saí dele e andei pro lado da NK. Não vi nem sombra de banco. Voltei pra galeria onde estava o restaurante porque lá havia um posto de informação turística. Perguntei pra que direção ficava o SEB. Ele apontou pra direção contrária à NK, na mesma rua, no outro lado, na esquina.
Olhei pra lá e vi um enorme edifício e o banco que eu já tinha visto milhões de vezes de passagem.
Fui pra lá, peguei meu número, esperei ser chamada e expliquei o que queria. Ela pegou o dinheiro, contou e me entregou. Simples, não é?
Detalhe: não quis ver meu cartão do banco, mas minha carteira de identidade com meu número de identificação. Sem esse número não se faz nada.
Voltei pra casa feliz da vida de metrô. E no dia do bazar esse dinheiro trocado praticamente não foi usado.
Um abraço grande.
Alzira Maria
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