sexta-feira, 27 de abril de 2018

EXPERIÊNCIA SURPREENDENTE NO METRÔ EM ESTOCOLMO


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Helsinki, 27/04/2018
Minha irmã Elizabeth, que já me visitou em Estocolmo, me enviou esse artigo de um jornal brasileiro  que aparece fotografado abaixo.
Li o artigo e confesso que nunca vi essa catraca aberta no metrô aqui. Vou conferir quando estiver de volta a Estocolmo.

A leitura desse artigo me fez lembrar uma experiência surpreendente no metrô de Estocolmo que tive logo depois que me mudei para cá. Eu conto.
Minha amiga Waldete me convidou para ir encontrá-la na saída da escola da filha dela, Isabela, que estava concluindo o ginásio. Por que esse convite?
É que aqui na Suécia eles comemoram o término do ginásio com uma festa no dia, dividida em etapas:
1.os alunos e professores tem uma solenidade dentro da escola e os pais não participam
2.alunos saem dessa solenidade e encontram pais, familiares e amigos que se aglomeram no pátio da escola à espera deles
3.os amigos e familiares fazem cartazes grandes pregados em hastes de madeira que permitem serem carregados com facilidade. Ali vem uma foto geralmente da infância/nome/classe que frequentou/ano de formatura(Esqueci de algo)?

4.levam como presente objetos variados pendentes de um cordão/fita para serem pendurados ao pescoço dos alunos
5.dão também doces/balas/bolas de soprar
6.dali os alunos sobem numa carroceria de caminhão e rodam durante horas pela cidade, "festejando". Às vezes ingerem bebidas alcoólicas

Dadas as informações, vou contar minha experiência.
O combinado foi nós nos encontrarmos na saída do metrô perto da escola.(Não me lembro mais qual foi a estação.) Fui, cheguei um pouco antes e fiquei esperando lá. O movimento nesses dias é grande pela cidade, no metrô, nos ônibus com muitas pessoas indo de um lado para o outro para chegarem às respectivas escolas.
Eu estava então esperando por Waldete.
Em dado momento veio um rapaz, tomou impulso na direção da catraca, bateu as mãos nas duas muradas de metal, uma de cada lado dos vidros que se abrem para os passageiros passarem, e com a força das mãos e do corpo e pernas, pulou sobre a parede de vidro e caiu em pé do outro lado e saiu andando para onde os trens passam.
Fiquei surpresa com essa ação dele, claro. Mas essa não foi minha surpresa maior. A maior foi a reação da pessoa que trabalha dentro do guichê prestando informações e vendendo bilhetes: a pessoa não teve reação nenhuma!!!!! Não tentou impedir, não saiu do guichê para falar com o rapaz, não pediu que as outras pessoas o segurassem, não chamou os guardas ou polícia para irem atrás dele. Nada. Absolutamente nada.
Eu com minha cabeça de brasileira fiquei bem surpresa porque nem cara feia eu vi os outros fazerem. Sim porque as pessoas em volta também não reagiram, nem reclamaram "Eu pago e ele não"; podem até ter pensado, mas foi só. Pelo que pude observar.
Eu não sei como é hoje no Brasil numa situação dessas. Será que vão gritar,correr atrás da pessoa ou será que ficarão calmos como as pessoas aqui? Se sabem, me contem.
Fiquei pensando: "Que legal! A pessoa do guichê sabe que não é papel dela impedir esses atos. Há fiscais no metrô para isso."(Eles esperam as pessoas na saída da catraca na estação  e pedem o bilhete. Se não tem, paga multa.) Então ela continua fazendo o trabalho dela.
Gostei da experiência e a sensação de "O que está acontecendo aqui!!!!" nesse momento foi muito grande.
Abraços.
Alzira

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